Uma menina chamada Alice Cláudia Medeiros Freitas recebeu alta hospitalar após quase três anos de internação devido a um problema congênito. A criança nasceu com gastroquise, um defeito congênito na parede abdominal que fez com que seu intestino ficasse para fora da barriga. Além disso, ela também foi diagnosticada com a síndrome do intestino curto, uma malformação do intestino delgado.
A menina nasceu em agosto de 2021 e foi para casa pela primeira vez após passar por várias cirurgias e tratamentos. Sua mãe, Amanda Cláudia Medeiros, expressou felicidade com a saída da filha do hospital, mas agora enfrenta o desafio de encontrar apoio financeiro para o tratamento domiciliar de Alice, que custa mais de R$ 53 mil por mês.
A Defensoria Pública do Estado de Goiás emitiu parecer para que os recursos necessários sejam disponibilizados para a desospitalização de Alice, mas há dificuldades administrativas devido à falta de habilitação do município de Caturaí no programa "Melhor em Casa". Agora, a responsabilidade do apoio financeiro está com o governo estadual.
A Procuradoria Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) esclareceu que, após uma decisão liminar, o Estado buscou cumprir a ordem para fornecer os recursos necessários ao tratamento de Alice. No entanto, desafios como a falta de habilitação do município e a competência municipal para o serviço de atenção domiciliar complicaram a situação.
Além dos custos do tratamento domiciliar, Alice e sua mãe terão que ir ao Hospital das Clínicas em Goiânia uma vez por semana para um dia de internação. A situação de Alice demonstra a complexidade do sistema de saúde e a necessidade de apoio financeiro para tratamentos de alta complexidade.