Projeto que avalia índices de carbono no solo avança no Oeste da Bahia
Iniciativa da Abapa e Embrapa visa aprimorar técnicas agrícolas, unindo produtividade e sustentabilidade
Iniciada em novembro de 2024, a segunda etapa do projeto Diagnóstico dos Índices de Carbono no Solo segue avançando de forma consistente no Oeste da Bahia. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e a Embrapa Algodão, por meio do Programa Fitossanitário da Abapa, e tem como principal objetivo gerar dados que ajudem a entender o impacto das práticas agrícolas no sequestro de carbono. A partir dos resultados, será possível aprimorar técnicas que aumentem a produtividade nas lavouras, aliando eficiência e sustentabilidade.
Com duração prevista de três anos, o projeto deve ser concluído em março de 2027. Atualmente, está em sua segunda etapa, abrangendo 15 núcleos de produção em áreas de cultivo de algodão e grãos. Durante a última visita de campo, os pesquisadores da Embrapa Algodão, Alexandre Barcelos e João Henrique Zonta, acompanharam a equipe do Programa Fitossanitário da Abapa no monitoramento das ações em andamento.
Segundo Alexandre Barcelos, o projeto está na fase de coleta de amostras de solo nas fazendas e talhões disponibilizados pelos produtores. Essas amostras serão analisadas quanto aos teores de carbono no solo e à estabilidade da matéria orgânica. Além disso, serão realizadas análises de densidade do solo, o que, combinado com os dados de teor de carbono, permitirá o cálculo dos estoques de carbono nos diferentes sistemas de cultivo.
“No atual contexto de mudanças climáticas, é importante conhecer os estoques de carbono no solo de cerrado das áreas de produção de algodão no Oeste da Bahia, considerando os diferentes tipos de solo e sistemas de manejo. Comparando áreas de lavoura comercial com áreas de vegetação nativa, esperamos identificar os sistemas que melhoram ou mantêm a qualidade do solo”, explicou Barcelos.
Na primeira fase da pesquisa, foram coletadas 1.680 amostras em 28 talhões, distribuídos por 12 propriedades em oito núcleos produtores. Após a coleta, as amostras são enviadas à Embrapa Instrumentação Agropecuária, onde passam por análises detalhadas para determinar o teor de carbono presente nos solos.
Fonte: Ascom Abapa
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