Condenado motorista que atropelou e matou policial militar durante operação em Cabeceiras (GO)


Condenado motorista que atropelou e matou policial militar durante operação em Cabeceiras (GO)


Quase 13 anos após o assassinato do cabo da Polícia Militar de Goiás, Luciano Alves Rabelo, o responsável pelo crime foi finalmente condenado. O réu, conhecido como Quirino, foi sentenciado a 9 anos e 6 meses de prisão em regime inicialmente fechado, em julgamento realizado na noite de quarta-feira. Outro envolvido, Dhiego, foi absolvido por falta de provas.


Segundo consta nos autos do processo, o crime ocorreu por volta das 18h do dia 29 de setembro de 2012. Luciano e Quirino haviam participado de uma carreata política em Cabeceiras (GO) e decidiram seguir, em veículos separados, para o povoado de Lagoa (GO). Na mesma hora, uma viatura do Grupo de Patrulhamento Tático do 16º Batalhão da PM de Goiás foi deslocada de Formosa para reforçar a segurança em Cabeceiras, em razão dos eventos eleitorais.


No km 42 da rodovia GO-346, os policiais se depararam com um veículo suspeito parado às margens da pista. A viatura estacionou no lado oposto da via, e o cabo Luciano desceu para realizar a abordagem. Durante a travessia, ele foi atropelado por um veículo modelo Parati, conduzido por Quirino. O impacto foi tão violento que arremessou o policial a cerca de 100 metros. Logo atrás, vinha um segundo carro, dirigido por Dhiego, também em alta velocidade. Nenhum dos motoristas prestou socorro e ambos fugiram do local.


Testemunhas relataram que Quirino seguiu até um local ermo em Lagoa, onde abandonou o carro. O veículo foi localizado mais tarde em frente à casa do irmão dele. Segundo a polícia, o automóvel foi "depenado", com remoção das rodas esportivas, som automotivo e latas de cerveja. O dono da residência teria retirado documentos e um cheque do veículo antes da chegada dos agentes.


Enquanto isso, Dhiego dirigiu-se ao hospital de Cabeceiras para verificar o estado de saúde de Luciano, que não resistiu aos ferimentos. Registros telefônicos indicaram que, nas cinco horas seguintes ao atropelamento, os dois motoristas mantiveram contato por telefone pelo menos 11 vezes. As ligações comprovaram que ambos estavam nas proximidades da GO-346 no momento do crime.


Quirino permaneceu escondido por três dias na casa de um tio antes de se apresentar à Delegacia de Formosa, na tentativa de evitar o flagrante. Já Dhiego se manteve na cidade e acabou sendo investigado, mas acabou inocentado por falta de provas.


A condenação de Quirino encerra um processo que se arrastava há mais de uma década, trazendo alívio para familiares e colegas do policial Luciano Alves Rabelo, morto em serviço enquanto cumpria o dever de proteger a população.



Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
Diário de Posse