Jair Bolsonaro é preso preventivamente a pedido da Polícia Federal em Brasília


 


Jair Bolsonaro é preso preventivamente a pedido da Polícia Federal em Brasília

Moraes determina prisão após convocação de vigília atribuída a Flávio Bolsonaro; ex-presidente teria tentado romper tornozeleira

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (22) em Brasília, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Agentes da Polícia Federal estiveram na residência do ex-chefe do Executivo logo cedo para cumprir a ordem judicial.

A Primeira Turma do STF foi convocada por Moraes para uma sessão extraordinária na próxima segunda-feira (24), das 8h às 20h, quando decidirá se mantém ou revoga a prisão.

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Por que Bolsonaro foi preso

Segundo investigadores, o pedido da PF teve como base uma convocação de vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em defesa do pai. Para a corporação, a mobilização poderia gerar aglomeração na porta da casa do ex-presidente, colocando em risco tanto Bolsonaro quanto moradores da região.

Na decisão, Moraes afirmou que a ação lembra estratégias usadas em episódios ligados à “trama golpista”, incluindo vigílias em quartéis. O ministro destacou que manifestações do tipo poderiam dificultar uma eventual ordem de prisão e até criar oportunidade para fuga.

O documento cita ainda que Flávio Bolsonaro utilizou trechos bíblicos ao pedir mobilização permanente, o que, segundo o STF, indicaria repetição do “modus operandi da organização criminosa”.

Tentativa de romper tornozeleira

Moraes relatou que Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica às 0h08 desta sexta-feira. Para o ministro, esse ato reforça o risco de fuga, possivelmente planejada para ocorrer durante a confusão causada pela vigília convocada por Flávio.

O ministro determinou ainda que a prisão fosse realizada sem exposição pública e proibiu o uso de algemas.

Atualmente, Bolsonaro está na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, localizada no Setor Policial Sul, área cercada e com pouco espaço para aglomeração.

Situação procesual: condenação e domicílio

O ex-presidente estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, também por decisão de Moraes. Em setembro, ele foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes relacionados.

Entre os delitos apontados estão:

  1. Organização criminosa armada: 7 anos e 7 meses
  2. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 6 anos e 6 meses
  3. Golpe de Estado: 8 anos e 2 meses
  4. Dano qualificado: 2 anos e 6 meses + multa
  5. Deterioração de patrimônio tombado: 2 anos e 6 meses + multa

Ao todo, 24 anos e 9 meses devem ser cumpridos em regime fechado. O restante, em regime de detenção.

A defesa do ex-presidente tem até a próxima segunda-feira (24), às 23h59, para apresentar os segundos embargos no processo.

Reações e novos desdobramentos

A defesa de Bolsonaro e a assessoria do senador Flávio Bolsonaro foram procuradas, mas ainda não se manifestaram.

A expectativa agora recai sobre o julgamento da Primeira Turma na segunda-feira, que poderá alterar o rumo do caso mais sensível envolvendo o ex-presidente desde o fim de seu mandato.


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