Caiado critica governo Lula após aumento de quase 20% na conta de luz em Goiás
Governador diz que reajuste é prova de que “Lula e o PT não gostam de Goiás”
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) voltou a criticar o governo federal nesta quarta-feira (22) após o aumento médio de 18,55% na conta de energia elétrica em Goiás, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste, aplicado pela Equatorial Goiás Distribuidora, começou a valer nesta quarta-feira.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Caiado afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu partido “não gostam de Goiás” e estariam penalizando o estado com tarifas mais caras e serviços precários.
“Todo mundo sabe que Goiás não consegue se desenvolver ainda mais porque não temos energia suficiente para atender à demanda. E o governo Lula, ao invés de investir em mais energia, prefere cobrar mais caro por um serviço de péssima qualidade”, criticou o governador.
Segundo Caiado, o aumento atinge principalmente as famílias de baixa renda, que sentirão mais o impacto no orçamento.
“Quem vai sofrer mais são os mais pobres. O governo do Lula, mais uma vez, está metendo a mão no bolso do cidadão goiano”, afirmou.
Confira os percentuais por categoria:
- 🏠 Residencial B1 – 19,56%
- ⚡ Baixa Tensão – 19,01%
- 🏭 Alta Tensão – 17,04%
- 💡 Efeito Médio – 18,55%
A Equatorial Goiás, responsável pela distribuição no estado, ressaltou em nota que o reajuste é uma decisão da Aneel, e não da própria empresa. A distribuidora informou ainda que o aumento poderia ter sido maior — de 22,04% — mas que solicitou à agência um redutor tarifário, diminuindo o impacto em cerca de 3,5 pontos percentuais.
💰 Segundo a companhia, em uma conta de R$ 100, apenas R$ 26,77 ficam com a Equatorial, usados para operação, manutenção e investimentos. Outros R$ 33,59 vão para empresas de geração e transmissão, enquanto R$ 39,64 correspondem a impostos e encargos federais.
O aumento na tarifa de energia reacendeu o debate político entre o Palácio do Planalto e o Governo de Goiás. Enquanto Caiado cobra investimentos no setor elétrico, o governo federal justifica os reajustes como parte da política nacional de equilíbrio tarifário.