Caiado promete anistiar Bolsonaro se eleito presidente em 2026

Caiado promete anistiar Bolsonaro se eleito presidente em 2026

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou nesta quarta-feira (15) que concederá anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, caso seja eleito presidente da República em 2026. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews.

“Está aí um furo para você: Ronaldo Caiado presidente da República vou anistiar e começar uma nova história no Brasil”, disse o governador, referindo-se a si mesmo em terceira pessoa.

Caiado afirmou que, se eleito, “vai resolver esse assunto” e propôs “uma nova fase” para o país, focada no crescimento econômico e na pacificação política.

A proposta de anistia é uma bandeira antiga de Bolsonaro e do PL, que a defendem para os réus e condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Os eventos ocorreram após a derrota eleitoral de Bolsonaro para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022. Além disso, o ex-presidente foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Caiado destacou ter sido o primeiro apoiador do ex-presidente a defender publicamente a anistia, ainda em fevereiro de 2024. Para ele, o país precisa virar a página:

“Precisamos sair dessa crise, sair desse debate. Isso já cansou. São dois anos e sete meses que estão falando só disso. Ninguém fala de reforma, de tecnologia.”

O governador também usou a entrevista para reforçar sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026. Ele aposta em seu histórico político e na força do União Brasil, partido do qual faz parte:

“Hoje eu sou do maior partido do país, tenho experiência de cinco mandatos de deputado federal e sou consagrado por ser o governador mais bem avaliado do país nos últimos três anos.”

Caiado relembrou ainda sua primeira disputa presidencial, em 1989, pelo extinto PDC, quando obteve cerca de 1% dos votos. Naquele ano, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Collor (PRN) foram ao segundo turno.

“Mais do que nunca me sinto credenciado a ir para o debate, com toda a humildade. No primeiro turno, vamos disputar, debater. Vou mostrar o que eu fiz”, afirmou.

A fala de Caiado reacende o debate sobre a possibilidade de anistia aos envolvidos no episódio que marcou a tentativa de ruptura institucional em 2023 e coloca mais um nome da direita no páreo para 2026.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
Diário de Posse